AMC incentiva magistrados a doarem computadores ao Novos Caminhos

A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), a partir desta semana, está intensificando o contato com os magistrados para incentivar a doação de computadores ao programa Novos Caminhos. O projeto está aberto para receber doações de empresas ou pessoas físicas para que seja possível equipar as casas de acolhimento de todo o estado com computadores e internet de qualidade. A ideia é ampliar o acesso à educação das crianças e adolescentes que vivem nessas casas. 

A presidente da AMC, juíza Jussara Wandscheer, e o 2º vice-presidente, desembargador aposentado Alcides dos Santos Aguiar, pedem aos demais magistrados que verifiquem se possuem computadores ou notebooks que não são mais utilizados para doar ao programa, a fim de cumprir a demanda existente. “Os magistrados que já exercem papel relevante, de cunho social  imanente ao próprio ofício de julgar, poderão, com esse ato, realizar ainda mais,  imbuídos do espírito público de que são dotados, contribuindo para a inclusão no mundo do trabalho desses jovens”, argumenta o vice-presidente, que integra a equipe de acompanhamento do programa. 

Os adolescentes atendidos pelo programa Novos Caminhos já receberam, no primeiro semestre deste ano, mais de 80 computadores. Empresas como a Engie, Weg, Malwee, Marisol, Adapcon, Blanco e Wiese e Oficina da Terra foram as doadoras dos equipamentos. A equipe do programa trabalha, agora, para suprir a demanda em todo o estado, pois ainda são necessários outros 330 computadores. 

O desembargador aponta que o acesso à tecnologia é como saber escrever hoje em dia, por isso a importância em proporcionar a inclusão digital aos jovens do Novos Caminhos.

“No caso dos jovens abrigados nas casas de acolhimento, isso é ainda mais importante, pois sem pelo menos o conhecimento básico do computador, ao deixarem os abrigos com 18 anos, terão sérias dificuldades para ingressar no mundo do trabalho”, acredita.

Além dessas doações, o programa também realizou outros atendimentos aos jovens e crianças acolhidos. São mais de 1300 crianças e adolescentes atualmente em SC e todos estão inclusos no programa. Desses jovens, no primeiro semestre de 2020, foram empregados 124 e outros 58 currículos estão disponíveis para consulta nas 93 empresas parceiras. Foram realizados também cerca de 420 atendimentos pelo serviço psicológico e 100 consultas odontológicas. 

Segundo o vice-presidente, ações como esta garantem o cumprimento dos direitos e deveres previstos no ECA, como proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.