Live sobre Justiça Sistêmica aborda separação e relações familiares na próxima semana

O Grupo de Estudos em Justiça Sistêmica de Santa Catarina vai realizar, na próxima quinta-feira (22), às 19h30, mais uma conversa online sobre a prática sistêmica na solução de processos judiciais. A juíza titular do Juizado Especial Criminal de Violência Doméstica e Familiar de São José (SC), Lilian Telles de Sá Vieira, conversará com a juíza Jaqueline Cherulli, que atua frente a 3ª Vara Especializada da Família e Sucessões em Várzea Grande (MT). O tema dessa vez é a relação de pais e filhos diante do divórcio. 

A magistrada catarinense acredita que esse tema é fundamental para tornar as relações entre pai, mãe e filhos mais saudáveis mesmo diante de uma separação. “Falar sobre separação é pensar no equilíbrio nos relacionamentos, é falar de sentimentos como o amor e a dor, por isso é preciso promover uma despedida amorosa em honra ao que cada um construiu para a família, atribuindo carinho e liberando cada um para seguir adiante com leveza”, justifica Lilian. 

A juíza acredita que a abordagem sistêmica pode tornar as relações mais leves e dignas, mesmo diante de problemas tão pessoais e difíceis. “Entender esse método permite aos operadores do Direito ampliar o olhar sobre o conflito familiar para além do aparente e perceber a força dos envolvidos como os únicos capazes de resolver com eficácia suas questões”, explica. 

A palestra será dividida em duas partes: uma fala da juíza mato grossense sobre as experiências com o assunto e, num segundo momento, o público poderá tirar dúvidas por meio de comentários na live. Para acompanhar, é só acessar o canal da AMC no Youtube no horário marcado. 

Palestras anteriores trataram dos conflitos judiciais e da saúde dos magistrados pela ótica Sistêmica

O Grupo de Estudos em Justiça Sistêmica já realizou outras duas palestras sobre a aplicação do método no Poder Judiciário. No primeiro evento, a juíza responsável pela vara Cível de Camboriú, Karina Muller, conversou com Décio Fábio de Oliveira Júnior, que é um dos fundadores do Instituto de Desenvolvimento Sistêmico para a Vida e palestrante há mais de 17 anos sobre o assunto. A conversa abordou o olhar sistêmico para os relacionamentos e conflitos no Judiciário e contou com a participação de aproximadamente 200 pessoas. 

Décio explicou que, por meio da Justiça Sistêmica, é possível criar um mecanismo que evita a judicialização dos problemas. “Quando o magistrado percebe uma situação onde as partes envolvidas têm o desejo de resolver aquele conflito, é ideal que ele chame essas pessoas para uma conversa mais amigável, para que possam olhar uma para a outra e solucionar de vez aquela discussão”, acredita Décio. 

Ouça: Magistradas falam sobre Justiça Sistêmica em podcast da AMC

A segunda conversa tratou da saúde dos magistrados e de como a Justiça Sistêmica torna o trabalho e a rotina mais agradáveis. Nesse encontro, com a presença virtual de 250 pessoas, a desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho e o médico Fernando de Freitas conversaram sobre o assunto. 

O médico acredita que os magistrados são uma fonte de cura para os problemas. “A ideia é que o juiz ajude no conflito dando autonomia para as pessoas, assim ele consegue chegar numa melhor decisão sem levar a questão para dentro de casa ou para a sua família, por exemplo”, explica Fernando. 

Assista as palestras completas no canal da AMC no Youtube.