A esposa e o amante, acusados de assassinar o policial civil Ari dos Santos, 41 anos, em Lages, foram pronunciados nesta quarta-feira, 4, para responder perante júri popular por homicídio qualificado (motivo torpe e vítima sem chance de defesa), furto (arma do policial) e tentativa de ocultação de cadáver.
O juiz Geraldo Corrêa Bastos, que atua na Vara Criminal, e presidirá o julgamento, manteve as prisões da esposa do policial, Maharish Blue do Amaral e Silva, 38 anos, e o amante dela, Geovan Brasil de Oliveira, 39 anos. Os acusados estão presos e aguardam o julgamento no Presídio Regional de Lages.
Agora o processo aguarda a intimação das partes acerca da Sentença de Pronúncia. Se não houver recurso, o Tribunal do Júri deve ser marcado para meados de janeiro.
O crime
No dia 17 de junho deste ano, a enfermeira Maharish Blue do Amaral e Silva, 38 anos, matou o companheiro, o policial civil Ari dos Santos, 41 anos, e dirigiu por cerca de uma hora e meia com o corpo dele no banco de trás do carro até sofrer um acidente, na BR-116, na serra catarinense. Foi por causa da colisão que o crime foi descoberto. O amante da enfermeira é cúmplice e os dois foram presos em flagrante.
Ari foi assassinado no quarto do casal, em Lages. Na sequência, ele foi colocado morto, sem arma e descalço no carro, guiado pela mulher. O amante seguia em outro carro, na frente, rumo ao município Correia Pinto (SC).
Havia muita neblina na BR-116 quando a enfermeira colidiu contra um caminhão. Ela não se machucou e fugiu do local. Na presença de policiais, o motorista do caminhão reconheceu Maharish, que havia dito à polícia que não estava no local do acidente. Os investigadores descobriram também que o amante comprou dois pares de luvas cirúrgicas no sábado, que teriam sido usadas para carregar o corpo.