Juízes das cinco comarcas atendidas pelo sistema de teleconferência – São Miguel do Oeste, Joaçaba, Canoinhas, Tubarão e Criciúma -, inaugurado no último dia 19 de outubro, aprovaram a iniciativa da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) de interiorização das palestras promovidas pela entidade. O palestrante, juiz Roberto Siegmann, que falou sobre a morosidade processual, também elogiou o projeto.
Siegmann e Roesler: interação com os magistrados do interior
”Seguramente, a AMC é um exemplo a ser seguido pelas associações de todo o país”, disse. Sobre a lentidão da Justiça, Siegmann ressaltou que esse é um problema proposital, causado pela falta de estrutura adequada fornecida pelo Estado. ”A lentidão não é obra do acaso. É da vontade das elites e do Poder Central uma Justiça lenta, pois um Judiciário que funciona, incomoda”, frisou.
O palestrante destacou também o importante papel que vem sendo desenvolvido pelas associações de magistrados. ”O chefe do Poder Judiciário (presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim) não exerce liderança em consonância com a base. Temos direções isoladas, que agem sem compromisso com o todo. E associações de magistrados passaram a cumprir esse papel”, sublinhou.
Siegmann aproveitou para elogiar a postura do ex-presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador Antônio Fernando do Amaral e Silva, que durante a Reforma da Previdência foi o primeiro presidente de Tribunal a se manifestar contra as propostas apresentadas pelo Governo Federal.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da AMC