A experiência de participar de um coral extrapola o simples e ao mesmo tempo grandioso prazer de cantar. Quem afirma são as próprias participantes, para quem a vivência em grupo tornou-se uma terapia, que ajuda cada vez mais a melhorar a qualidade de vida de quem se entrega aos encantos do universo musical.
Esposa do Juiz Samir Oséas Saad, a senhora Áurea Saad participa do coral da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) desde a sua fundação, em 2000. “Sinto-me muito bem no coral. Tenho um amor muito grande pela música e tudo isso me faz muito bem. É uma terapia: faz bem para a minha alma e me deixa mais leve. Sinto-me ótima”, elogia.
Como a maioria das colegas, Áurea nunca participou de um coral. “Só estudei música no colégio, porque tinha no currículo (canto orfeônico). Mas nunca cantei em coral, só no grupo da igreja. Sinto-me cada vez melhor, feliz e realizada. Por isso, convido a todos para participar do coral, todas as segundas-feiras, pois cantar faz muito bem para o espírito e para a mente, pois a gente decora, aprende as músicas e dessa forma trabalhamos bastante o cérebro”, acrescenta.
A senhora Neide Walendowsky Spricigo, esposa do ex-secretário do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC), Jaime Spricigo, conta que, no começo, havia apenas a vontade de um grupo de pessoas que há muito manifestava o desejo de cantar. E, por sorte, encontraram alguém que não só tinha a mesma ideia como se dispôs a organizar um coral. “Foi o Juiz Eralton Viviani que juntou essas vontades e mobilizou o pessoal, contratou maestrina e formou o coral”, lembra. Neide já tinha alguma experiência, pois desde os 14 anos cantava em coro de igreja, coral universitário e quando surgiu a oportunidade novamente, ela não perdeu. “É um grupo maravilhoso, onde a gente se sente muito bem. Todo mundo se gosta e quem vem chegando também entra nesse clima de amizade, que se fortaleceu muito nesses 15 anos. Cantar é uma coisa que faz muito bem. Às vezes dá um pouco de nervoso, nas apresentações, mas passa. A medida que a gente vai se apresentando bem, tudo fica tranquilo. E nos ensaios, são duas horas que a gente não sente passar e faz muito bem para a alma. E é também um espaço para cultivar boas amizades”, assinala.
Sobre o aniversário de 15 anos do coral, ela diz que a data representa um momento de coroamento de todo um trabalho e dos objetivos a que o grupo se propôs. “Quem ensaia quer cantar. E é o que a gente vem fazendo bastante e este ano vamos fazer ainda mais. Será uma oportunidade de mostrar todo o trabalho que desenvolvemos com muito esforço e carinho durante todos esses anos”, sublinha.
A servidora aposentada do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC), Neusa Lazari, também já frequenta o coral há um bom tempo, desde 2005. Foi graças ao convite feito por uma amiga que ela decidiu fazer aquilo que há muito tinha vontade, porém lhe faltava coragem: cantar. “Tinha receio, pois não sabia se tinha voz, etc. Nunca cantei, nem estudei canto. Eu só cantava no banheiro. Um dia, uma amiga (coralista) me convidou, eu fiz um teste, viram que eu era soprano e estou até hoje no coral”, conta.
Ela revela que os ensaios são tão prazerosos que sequer sente o tempo passar. “Nós ficamos duas horas em pé, ensaiando, e parece que passou só cinco minutos. É muito prazeroso. É uma terapia, a gente forma amigos, realiza encontros, tomamos um ‘chopinho’. Nos encontramos duas vezes por ano na casa de um coralista. Às vezes viajamos juntos. Em época de Natal também nos encontramos. E tudo isso é muito bom. A gente fica mais leve, leva a vida com mais alegria, forma muito mais amigos. Uma sensação maravilhosa. Vale a pena participar do coral. Venha a dois, três ensaios, experimenta e se não gostar tudo bem. Mas tenho certeza que vai gostar”, aposta.