O Tribunal do Júri de Curitibanos, em julgamento presidido pelo juiz Geraldo Corrêa Bastos, absolveu, na terça-feira 28/09, Valdemir Gomes, o “Nego”, acusado do homicídio de Eromilton Fernandes de Oliveira, ocorrido em março de 2000, no município de Frei Rogério. Na ocasião, a vítima levou três tiros no peito, depois de uma discussão com o pai do réu, Joanir Gomes.
Segundo a denúncia, Eromilton Fernandes e Joanir Gomes começaram a se desentender no interior do bar de propriedade de Laurentino Thibes Ribeiro, por volta das 23h do dia 12 daquele mês. Os dois eram cunhados, e já tinham brigado inúmeras vezes anteriormente. Durante a discussão, houve agressões recíprocas. Valdemir Gomes, que se encontrava no local, foi até sua casa, armou-se com o revólver e retornou ao bar, onde efetuou os disparos.
Depois de oito horas de julgamento, os jurados acolheram a tese defensiva da legítima defesa de terceiro – no caso, o pai do réu -, vindo a absolver o acusado.
Para viabilizar o julgamento, o magistrado teve que convocar seus estagiários e assessor de gabinete, nomeando-os ad-hoc, devido à greve dos servidores da Justiça local. Perguntado sobre a razão de não ter suspenso o Júri, já que se tratava de réu solto, que aguardava o julgamento em liberdade, o magistrado disse: “Muito embora reconheça a situação vivenciada pelos serventuários da Justiça, e ainda que se venha a considerar legítimo o movimento paredista, não se pode olvidar que o interesse público deve sempre se sobrepor aos interesses particulares”.
Fonte: Assessoria de Imprensa da AMC