Conto do des. Hélio David vence 1º Prêmio Nacional de Literatura para Magistrados

A literatura e a fotografia fazem parte dos hobbies do desembargador Hélio David Vieira Figueira dos Santos. E na tarde de ontem (23/5), ele teve seu talento reconhecido no 1º Prêmio Nacional de Literatura para Magistrados realizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, com o primeiro lugar na categoria conto, com a obra “O Coveiro Valdemar”.

O resultado foi divulgado durante o Encontro Nacional de Juízes Estaduais – ENAJE, em Foz do Iguaçu, no Paraná. As obras vencedoras serão publicadas em livro pela AMB neste ano, em comemoração aos 70 anos da fundação da Associação.

Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Hélio David ingressou na magistratura em 1990 e assumiu como desembargador  em 2017. A rotina judicante, porém, não o impede de ter outras atividades. Além de fotografar, mantém o um blog sobre temas jurídicos com mais de 500 artigos e contos. O magistrado também tem publicado um e-book, com o título O Coveiro Valdemar e outros contos. A obra reúne 12 contos bem-humorados e despretensiosos. A maioria deles envolve a burocracia e o Judiciário – meio em que o autor vive há 30 anos. Ele reconhece que um livro escrito por um juiz carrega, de saída, o estigma de uma linguagem rígida e artificial, mas garante que não é o caso desses contos. “A burocracia e seus símbolos e a solenidade dos discursos jurídicos são expostos de forma crua, em seu sentido subjacente, com uma linguagem objetiva, embora agradável  – pelo menos essa é a intenção do autor”, conclui. 

Veja aqui o resultado do 1º Prêmio Nacional de Literatura para Magistrados:

Categoria Poesia

Primeiro lugar – “O Verso da Lei”, de Roberto Basilone Leite, Florianópolis – SC;
Segundo lugar – “Facetas da Sociedade”, de Geraldo Peixoto de Luna, Londrina – PR;
O terceiro lugar – “A Resposta do Menor Infrator”, de Rachel Adjuto Bontempo Brandão, Brasília – DF;

Menções honrosas:

“Ser Simples”, de Reinaldo Portanova, Natal – RN; “O Mar”, de Adelino Augusto Pinheiro Pires, Pancas – ES; e “O Jarro Chinês”, de Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, Rio de Janeiro – RJ.

Categoria Crônica

Primeiro lugar – “A Ficção em Cada Processo”, de Getúlio Marcos Pereira Neves, Vila Velha – ES;
Segundo lugar – “Ladrão de Livros”, de André Gonçalves Fernandes, Campinas – SP.
Terceiro lugar – “Tio Antonio”, de Robledo Matos Alves de Morais, Promissão – SP

Menções honrosas

“Procurando as Batatinhas”, de Genacéia da Silva Alberton, São Leopoldo – RS; “A Luta”, de Olga Vishnevsky Fortes, São Paulo – SP; E “O Anel Que Tu Me Deste”, de Elizabeth de Fátima Nogueira Calmon de Passos, Curitiba-PR.

Categoria Conto

Primeiro lugar – “O Coveiro Valdemar”, de Hélio David Vieira Figueira dos Santos, Florianópolis – SC;
Segundo lugar – “O Informaticídio”, de Vanilson Rodrigues Fernandes, Belém – PA;
O terceiro lugar – “Naus frágeis”, de Durval Aires Filho, Fortaleza – CE;

Menções honrosas:

“Pontius”, de Erson Teodoro de Oliveira / Valinhos – SP; “Chapeuzinho Preto e o Lobisgay”, de Rui Guilherme de Vasconcelos Souza Filho, Rio de Janeiro – RJ; “O Louco”, de José Ribamar Dias Junior, São João Batista – MA